A PALAVRA E O PSICANALISTA:
UMA INVENÇÃO FREUDIANA
As palavras, originalmente, eram mágicas e até os dias atuais conservaram muito do seu antigo poder mágico. Por meio de palavras uma pessoa pode tornar outra jubilosamente feliz ou levá-la ao desespero, por palavras o professore veicula seus conhecimentos aos alunos, por palavras o orador conquista seus ouvintes para si e influencia o julgamento e as decisões deles. Palavras suscitam afeto e são, de modo geral, o meio de mútua influência entre os homens. Assim, não depreciaremos o uso das palavras na psicoterapia, e nos agradará ouvir as palavras trocadas entre o analista e seu paciente.
Sigmund Freud, em conferência proferida em 1915.
Sobre o Projeto:
Este ciclo de palestras propõe uma aproximação dos conceitos da psicanálise fazendo uma interface com a palavra, e sua função terapêutica. A narrativa sempre foi uma atividade necessária no processo de construção de identidades. A psicanálise apresenta a possibilidade de essa prática ser usada como uma higiene necessária em nossa subjetividade. Esta invenção freudiana será tratada neste ciclo por diversos palestrantes que trabalham essa abordagem clinicamente, possibilitando um contato direto com esse conhecimento que tanto influiu na literatura e nas artes desde o início do século XX.
05/Agosto/2011 Michele R. Faria (A palavra no tratamento da psicose)
02/Setembro/2011 João E. Grecco (As palavras e as coisas)
07/Outubro/2011 Oscar A. Cesarotto (A teoria das ficções)
04/Novembro/2011 Leandro A. R. dos Santos (Lacan e a palavra: manejos, inovações e transgressões)
Sobre os convidados:
Beatriz Cauduro Cruz Gutierra: psicanalista, doutora em psicologia pela Universidade de São Paulo, docente e supervisora no curso de Psicologia da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), co-autora do livro A criança no discurso do Outro: um exercício de psicanálise, (Iluminuras) e autora de Adolescência, Psicanálise e Educação: O mestre “possível” de adolescentes, (Avercamp).
Daniel Migliani Vitorello: psicanalista, mestre em comunicação e semiótica (PUC-SP), docente e supervisor no curso de Psicologia do Centro Universitário Anhanguera de Santo André (UNI-A), autor de Mantenha distância: o imaginário obsessivo de Nelson Rodrigues (Annablume)
João Ezequiel Grecco: psicanalista, mestre em psicologia (PUC-SP), docente e supervisor no curso de Psicologia do Centro Universitário Anhanguera de Santo André (UNI-A).
Leandro Alves Rodrigues dos Santos: psicanalista, doutorando em psicologia pela Universidade de São Paulo, membro da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano – São Paulo, docente e supervisor no curso de Psicologia do Centro Universitário Anhanguera de Santo André (UNI-A).
Michele Roman Faria: psicanalista, doutora em psicologia pela Universidade de São Paulo, é autora de Constituição do sujeito e estrutura familiar - o complexo de Édipo de Freud a Lacan, (Cabral) e de Introdução à psicanálise com crianças: o lugar dos pais, (Hacker) e co-autora de A criança no discurso do Outro: um exercício de psicanálise, (Iluminuras).
Rinaldo Voltolini: psicanalista, doutor em psicologia pela Universidade de São Paulo, pós doutor em psicopatologia e psicogênese pela Universidade Paris XIII, docente na Faculdade de Educação (FE-USP), é co-autor de Travessias: inclusão escolar, Educação inclusiva: percursos na educação infantil (Casa do Psicólogo), Linguagem e gozo, Corpolinguagem – angústia: o afeto que não engana (Mercado das Letras)
Oscar Angel Cesarotto: psicanalista, doutor em comunicação e semiótica (PUC-SP), coordenador e docente do curso de pós-graduação da PUC-SP - Semiótica psicanalítica: clínica da cultura, organizador do livro Idéias de Lacan, (Iluminuras), autor de Tango malandro, Contra natura, No olho do Outro e de Um affair Freudiano, (Iluminuras), entre outros.
